quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Minha Inquietude

Meu apreço, minha agonia... 
Tudo tão rápido, tudo tão intenso, como uma tempestade você passou... Levantou uma poeira de sensações...
Fez reboliço nas emoções, arrancou raízes que jamais imaginava-se que pudessem ser arrancadas...
Passou feito um tsunami que com sua grande onda devasta tudo que encontra a sua frente e que quando passa deixa um rastro de destruição...
Assim foi você, ao passar deixou um sentimento intempestivo, voraz... 
Após sua passagem, restou a reconstrução dessa moradia, não aquela de pedras e concretos, mas aquela que no inconsciente se busca preservar, a repleta de sonhos, medos, anseios, a que nos permite criar, recriar, inventar...
Tudo bem, chegou o momento mais importante, as águas que tragam já passaram, eis agora em seu lugar um lago brando...
E nesse lago me pus a procura de um sossego...
Mas tu resolveu trazer um turbilhão para esse lago...
E agora?
O que fazer?
Como proceder?
Se em meio a minha agonia sei que te tornaste o meu maior apreço...
E nessa certeza me vejo novamente no meio de um tsunami... Mas por que?
Justo eu que sempre busquei a calmaria,
Justo eu que sempre me pus a querer o que melhor me fizesse,
E você, minha agonia, meu desassossego...
Me rouba minha calmaria com seu jeito intenso de querer ser...
E eu, me vejo querendo te ter...
E eu, me vejo buscando outras tempestades...
E eu, me vejo desejando que fique...
E eu, me vejo procurando seu sorriso...
E eu, me vejo me perdendo em seu olhar...
E eu... E eu... E eu...